corre-me o sangue pelos vasos pouco dilatados.
por vezes torna-se complicada a sua passagem.
os batimentos cardíacos descompassados,
não descrevendo arritmias,
fazem-me temer o mundo lá fora.
olho e volto a olhar em meu redor.
a terra continua a girar.
gira...gira...gira...
e o tic-tac persiste, tornando-se ensurdecedor.
grito de forma estridente, mas teimam em não me ouvir.
estará o mundo num estão tão caótico?!
estarão aqueles seres,
a quem continuam a chamar de pessoas,
sob uma apatia tão profunda?!
estou aqui.
vivo assim.
prisioneira de um pudor inexplicável.
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