segunda-feira, 7 de novembro de 2011

torpor

corre-me o sangue pelos vasos pouco dilatados.
por vezes torna-se complicada a sua passagem. 
os batimentos cardíacos descompassados, 
não descrevendo arritmias, 
fazem-me temer o mundo lá fora. 
olho e volto a olhar em meu redor. 
a terra continua a girar. 
gira...gira...gira... 
e o tic-tac persiste, tornando-se ensurdecedor.
grito de forma estridente, mas teimam em não me ouvir.
estará o mundo num estão tão caótico?!
estarão aqueles seres, 
a quem continuam a chamar de pessoas, 
sob uma apatia tão profunda?!
estou aqui. 
vivo assim.
prisioneira de um pudor inexplicável.

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