domingo, 27 de outubro de 2013

(des)culpa

um dia eu quis ser a menina de cabelos loiros e olhos azuis. os olhos mantêm-se juntamente com a minha vontade de ser mais e melhor. os cabelos loiros foram-se perdendo a par da minha inocência de outrora. quis ser a princesinha de todos, viver num castelo e esperar pelo príncipe no cavalo branco. sonhei cavalgar sentindo o vento no meu ar doce de menina. ó inocência de criança, onde foste tu? porque já quis ser bióloga, ou até mesmo jornalista. hoje quero ser farmacêutica. luto todos os dias por isso e todos os dias me questiono se serei capaz de o ser. 
quis ser a menina dos olhos dos meus pais, quis ser o orgulho deles. duvido se o fui ou se alguma vez o serei. quis ser a namorada perfeita de alguém. tenho a certeza que não o sou. quis ser alguém inesquecível, inigualável, quis ser brilhante em tudo o que fazia. não consegui. falhei. falhei em demasiadas coisas. sinto-me a falhar em cada decisão que tomo, em cada acção que faço. 
desculpem-me os meus pais por não ser a princesa que eles idealizaram.
desculpem-me os meus amigos pelas palavras menos gentis, pelos dias maus e pela minha faltam de paciência.
desculpe-me o meu namorado, o meu porto de abrigo, a minha força, por todos os dias maus, por todas as lágrimas em vão, pelas manifestações de revolta, pela minha falta de sensibilidade. desculpa amor por não ser a namorada que querias que eu fosse. desculpa não corresponder às tuas expectativas. desculpa não conseguir ser tudo aquilo que eu, que tu, querias que eu fosse. desculpa, amor, desculpa. desculpa todas as desilusões. 
um dia, um dia só queria ser capaz de conseguir ser tudo o que idealizaste. amo-te, amo-vos a todos. desculpem-me.

a vossa (ou não) princesa.

sábado, 5 de outubro de 2013

a ti, meu amor

a ti, meu amor eu tenho muito a dizer. na verdade, sempre tive. medo, estúpido medo, orgulho, orgulho parvo, são apenas dois dos factores que me impedem de te dizer tudo, tudo aquilo que tenho para te dizer. tenho medo das palavras. sei que chorarei "baba e ranho" e eu detesto chorar (sim eu sei que choro por tudo e por nada, tenho, definitivamente, lágrima muiiito fácil, mas detesto isso).  sei que me faltará o ar e que o meu coração baterá a um ritmo desmedido. custar-me-á imenso admitir tudo o que sinto por ti. custa-me sempre imenso exteriorizar o sentimento, a importância que dou às coisas, por mais ridiculamente pequenas que sejam. amor, amor é o que sinto por ti. talvez seja algo mais forte, algo ainda mais inexplicável. fazes parte de mim, da minha vida, dos meus planos, dos meus sonhos, do que sou e serei. quero-te sempre comigo, para sempre (se é que existe o para sempre). quero, um dia, lembrar-me de toda esta estupidez que me faz guardar o que sinto para mim e sorrir, a teu lado e perceber que não valeu a pena estar calada. quero que sejamos capazes de construir o futuro mais risonho possível. meu amor, gosto dos teus beijos no pescoço, gosto dos teus abraços intermináveis, gosto do teu sorriso "maroto" e do teu olhar profundo. gosto dos "amo-te" sussurrados. gosto da mão dada contigo, do beijinho de boa noite e do sorriso de bom dia. gosto de estar deitada no teu peito e adormecer com a tua presença. gosto que me toques no cabelo e de te ter bem juntinho a mim. gosto das conversas contigo até o sono chegar. gosto das "lutas" infinitas. gosto do quão chato tu és. gosto de ti. gosto do que sinto por ti. gosto de gostar de ti. amo-te infinitamente meu amor. amo-te, amo-te e amo-te. desculpa, desculpa não ser capaz de te dizer isto, desculpa não ser forte o suficiente para assumir tudo. desculpa amor. sei que um dia serei capaz de o fazer. sei que será em breve. sei que terei a capacidade de admitir tudo. obrigada amor, por todo o amor, por todo o carinho, por todo o esforço e dedicação, por me ouvires e me aturares, por me fazeres sorrir. obrigada por me amares e estares sempre comigo.

com amor,

quarta-feira, 13 de março de 2013

dos meus quase dezanove anos

é típico ouvir-se dizer "lembro-me como se fosse hoje", mas a verdade é que lembro-me do dia em que festejei o meu 18º aniversário na perfeição. passou apenas um ano, no entanto, foi um ano muito intenso, com novas descobertas, novos rumos, nova vida, literalmente, uma nova vida. em setembro, deixei o meu lar, a minha família, as minhas rotinas e parti rumo à concretização de um sonho. aqui estou, pela eterna briosa, longe de tudo aquilo que fez parte de mim durante precisamente dezoito anos. lembro-me do quanto ansiei pelos dezoito anos, do quanto ansiei pelas novas oportunidades que eles me trariam. na verdade, trouxeram-me muita felicidade, trouxeram-me auto-estima ao alcançar os meus objectivos. hoje, encontro-me a exactamente cinco dias de os abandonar. dentro de cinco dias, celebro o meu décimo nono aniversário e muita coisa me faltará nesse dia... nunca fui muito dada a lamechices e lá em casa também não, mas a verdade é que, realmente, quando estamos longe, tudo nos faz falta, até mesmo as coisas mais banais. de facto, é o primeiro aniversário longe da minha casa, dos meus pais, da minha irmã, do meu sobrinho. é o primeiro aniversário em que não terei os meus amigos comigo (mesmo que fosse só durante as aulas). é o primeiro aniversário em que não terei a casa cheia de gente para me receber. é o primeiro aniversário em que não esconderei as lágrimas de alegria por ver que todos estavam presentes, mas também, é o primeiro aniversário em que estarei apenas com ele, com aquele a quem chamo de namorado. sei que ele fará tudo para que eu me sinta bem nesse dia... todavia, apesar de ele uma das peças mais importantes do meu puzzle, senão mesmo a mais importante, faltarão outras tantas... o que eu dava para chegar a casa, depois de um dia de aulas, e tê-la cheia de gente, os meus amigos, os meus novos amigos, as minhas colegas de casa, a minha família, obviamente, o meu namorado... no entanto, sei que dificilmente serei surpreendida... esperarei ansiosamente pelo dia, tal como todos os anos, e só espero, não me desiludir...

domingo, 10 de fevereiro de 2013

porque tu também magoas ...

há dias em que podes nem sequer te aperceber, mas magoas-me. magoas-me e fazes-me sentir vontade de chorar. fazes com que se formem lágrimas e teimem em cair. podes não ter noção do que fizeste ou disseste, mas magoas-me, entristeces-me. podes não perceber e nem sequer encontrar lógica para a minha mágoa, mas a verdade é que ela existe e foste tu quem a causou. calo-me, disfarço, sei que não vais entender, por mais que tente explicar (nem sempre é fácil arranjar palavras para descrever os sentimentos, tu sabes...), mas a mágoa está lá. a dor vai passando, a tristeza também, vou esquecendo, mas sofro, sofro enquanto não esqueço, e choro, choro muito. a minha alma chora muito. infelizmente, tu também magoas e nem sempre te apercebes disso. amo-te <3

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

desilusão

quando na nossa cabeça, no nosso coração, estão perspectivas fantásticas e nos convencemos de que tudo irá ser inesquecível... e... de um momento para o outro tudo se perde e somos invadidos por um sentimento de desilusão, tristeza e angústia que teima em não nos largar... aí, choramos e ninguém compreenderá !