sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

desalento

está frio lá fora. a noite é cerrada e o nevoeiro intenso. hoje as estrelas não brilham. as nuvens cinzentas e medonhas apoderaram-se do seu brilho. hoje também eu não brilho. aliás talvez nunca eu tenha brilhado, outrora. tento encontrar um sentido. o meu sentido. o meu sentido de orientação atraiçoa-me. perco-me a cada passo que dou. não sei onde estou, não sei como estou. já não sei quem sou. talvez não seja. não sei se deva procurar por alguém ou por alguma coisa. choro em silêncio. enclausuro o sofrimento e deixo de sentir. deixo de sentir e já deixei de pensar também. simplesmente deixo-me ir. estou entregue ao meu destino. alguém ou alguma coisa há-de tomar o meu rumo e levar-me-á, pelo meu caminho, até ao meu destino. por agora... restam-me deambulações fugazes.

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