domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mas afinal o que é que realmente importa?

Estamos, hoje em dia, perante uma sociedade repleta de miudagem cuja forma como lidam com a vida, no verdadeiro sentido da palavra, é, de certo modo, assustadora, mas, por outro lado, é algo de que já todos deveríamos estar à espera. Ao longo dos tempos, evolui a ciência, evolui a tecnologia, evolui a mentalidade de cada um... Possuímos, agora, carros topo de gama, telemóvel multi-funcionais, máquinas substituas de pessoas... Descobrem-se novas vacinas, inventam-se novos mecanismos salva-vidas, investiga-se sobre mutações, enfim, luta-se pelo alcance de uma melhor qualidade de vida. Mas, agora, pergunto se teremos jovens com uma melhor mentalidade... Terá a forma de pensar evoluído da mesma forma positiva que evoluíram os carros ou os microscópios?
Pois bem, deparo-me, todos os dias, com jovens adolescentes, na flor da idade, a autodestruirem-se com pensamentos capazes de arruinar toda uma vida. Falo de exigências, de opções de vida... Cada vez mais a nossa sociedade se torna mais consumista e os jovens são os que mais provam este facto. Mais importante do que um amigo, um verdadeiro amigo disposto a ajudar nos bons e nos maus momentos, é um amigo que usa a camisola mais cara, as calças da moda, as sapatilhas importadas ou telemóvel de última geração... É esta forma de estar na vida que me aterroriza e me faz pensar naquilo que será o futuro destes seres tão facilmente persuadidos.
Se pensarmos bem, antes tudo era possível à mesma. Nos tempos dos nossos pais ou avós, tudo tinha mais vida... Se ofereciam a uma criança um lápis ou um cadernos, era a melhor coisa do Mundo; se podiam ir à escola, era um privilégio e, aqueles que não podiam sentiam uma dor muito grande que, ainda hoje,  transmitem... Quantas vezes não ouvimos os mais idosos dizerem "Quem me dera saber ler e escrever...!", exprimindo uma enorme tristeza no olhar... E nos dias de hoje? Confrontamo-nos  com montes de canalha que apenas anda na escola a "passear os livros", dando prejuízo aos pais e não valorizando, minimamente, aquilo que lhes é ensinado. É de lamentar a falta de empenho e interesse com que a maioria dos jovens de hoje encara a vida académica.
Em suma, concluo que, actualmente, o mais importante é o lema "aproveitar a vida enquanto se pode", o que, por vezes, não é feito da melhor forma. Aproveitar a vida não é fazer dela uma festa, é saber ser livre, é estar pronto para ultrapassar os obstáculos, é saber ser responsável, é aprender para poder ensinar... Sinceramente, julgo que à maioria dos nossos jovens fala tudo isto, falta, sobretudo, saber viver...

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